Reunião do Corpo de Apostolado Extensional do Discipulado de Jovens (09/11/2013

Discipulado Local de Jovens - Fortaleza
Reunião do Corpo de Apostolado Extensional do Discipulado de Jovens (09/11/2013)
 Sedes das Extensões
Dirigente: Articulador do Discipulado de Jovens
Participação: Discípulos Servidores e Discípulos Estagiários.

18:00h – Ambientação e providenciar cópias do texto para os participantes.
19:00h – Louvor e Súplica ao Espírito Santo
19:30h – Palavra de Deus (Mt 4,17-22) e partilha em oração
19:40h – Reflexão / Formação

O que implica o seguimento de Jesus?
Nestes últimos tempos, o Senhor não está procurando somente pessoas que Lhe dêem escassas noites de vigílias, algum tempo diante do Sacrário ou algumas obras, mas homens e mulheres que lhe dêem o primeiro lugar. Jesus não procura pessoas que ouviram falar dEle e que até O seguem a distância, no meio de uma multidão, mas filhos submissos à vontade do Pai que, conhecendo-a, crêem, obedecem-na e são testemunhas comprometidas com sua causa.
Existem duas condições básicas a ser vividas no seguimento de Jesus. São elas: renunciar e tomar a Cruz para segui-Lo.

I.      Renunciar
Para meditarmos sobre a renúncia, é importante entender que alguém nos chama a renunciar.
Podemos dizer com toda certeza, que assim como jesus chamou os discípulos, na sua própria realidade de vida, Ele também caminha diante de nossa realidade e nos chama a seguí-Lo. Diante de tal chamado, os discípulos imediatamente renunciaram a tudo e disseram sim ao seguimento de Cristo. Certamente para Pedro e seu irmão foi difícil deixar aquilo que para eles era seguro: redes, barcos, trabalho, uma história de vida. Notamos ainda a ênfase que o autor dá ao nome do pai de Tiago e João, citando-o por duas vezes. Isso significa que Zebedeu era alguém de prestígio, importante, e esperava que seus filhos fossem como ele. A difícil situação dos filhos de Zebedeu exigiu deles decisão e renúncia ao próprio pai e à sua profissão.
É preciso notar, aqui, algo importante para cada jovem: Jesus não parou diante de Pedro, Jesus passou diante de Pedro e o chamou. Nesta hora é pegar ou largar. Deus tem pressa e não pode estacionar; e não estacionando Ele pode passar.
“Tenho medo do Deus que passa” (Santo Agostinho).
O nosso Deus nos chama e espera de nós uma resposta. O jovem não caminha porque não dá uma resposta quando esta exige renúncia, ou seja, está preso em sua própria vontade. Se hoje o jovem não caminha é sinal de que Jesus já o chamou e não ouviu respostas. Sendo assim, é importante verificar as redes que o prendem, deixá-las imediatamente e correr atrás de Jesus, uma vez que Ele já correu atrás do jovem.
O Senhor não quer muita coisa... Ele quer tudo!
“Assim, pois, qualquer um de vós que não renuncia a tudo o que possui não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33).
E ainda nos diz: “Quem não deixa pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem não carrega sua cruz e me segue não pode ser meu discípulo” (Lc 14,26-27).
Quando Ele nos diz “renuncie a si mesmo”, quer dizer “abnegue-se!” – que é muito mais que renúncia ao alimento, prazer coisas ou pessoas. É dizer não à própria vontade, opiniões, enfim, e ter uma vida centrada no Senhor, em completa submissão ao Senhorio de Jesus. Conquistar seu coração é o principal objetivo de Deus.
“Onde está o seu coração aí está também o seu tesouro” (cf. Mt 6,21). Se seu coração está centrado nos prazeres do mundo, seu tesouro ainda não é Jesus. É preciso “trocar todo o nada pelo Tudo” como nos ensina Sãoo João da Cruz. Se não existe renúncia, que valor tem seu ministério? Se não existe morte para si mesmo, como colaborar com a obra? E, por fim, se não há renúncia, não há caminho percorrido e ministério que não caminha, nada pode realizar, pois se afastou do Senhor que passou.
O Senhor não nos engana, Ele diz: “Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram” (Mt 7,14).
Ele não disse que não teríamos aflições, problemas, dificuldades, mas nos garantiu a vitória. Sua palavra para nós é clara: “Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33).
Podemos imaginar que o que Pedro e os outros discípulos mais gostavam de fazer era pescar nas águas do mar. Diante do chamado, tiveram que optar e renunciar aquilo de que eles mais gostavam, e que garantia o seu sustento: pescar. Com certeza, se Pedro não tivesse renunciado à pesca, também não teria sido o primeiro Papa. Toda obra exige renúncia e quem mais nos ensinou isso foi Jesus, o primeiro a renunciar a sua vida na Cruz para nossa salvação. Jesus não nos obriga a renunciar, mas exige renúncia para segui-Lo. O jovem tem toda liberdade de não renunciar, mas consciente de que não seguirá Jesus. Se você quer ser um servidor, veja primeiro se quer renunciar; caso contrário, você não serve para a obra. O mais grave são os servidores que assumem a obra de Deus, mas se recusam a deixar suas redes. Com certeza estão perdendo tempo e atrapalhando, ao invés de ajudar.
“O tempo é um bem precioso! E quem o perde, ou não se esforça para usá-lo bem, não pode ser um bom operário do Evangelho” (Dom Bosco).
Quanto tempo você tem dado para o seu Senhor? Você tem dado a sobra? Tem colocado vida no seu ministério? “Maldito aquele que faz com negligência a obra do Senhor” (cf. Jr 48,10). O valor de um ministério é avalidado também  pela renúncia. Se não vemos redes abandonadas, também não veremos almas resgatadas. Assim, seu ministério não tem valor. Diz Santo Afonso de Ligório: “É no sofrer e no abraçar com alegria as coisas desagradáveis e contrárias ao nosso amor próprio que se conhece e se ama de verdade a Jesus Cristo”.

II.    Tomar a cruz
Imaginemos três elementos: a cenoura, o ovo e o café. Imaginemos agora um obstáculo a esses três elementos: a água fervente. A cenoura, em sua natureza, dá uma de durona, mas ao ser mergulhada na água fervendo (obstáculo), muda sua natureza e se torna frágil; o ovo, ao contrário, diante de tal obstáculo, fica enrijecido. O café, diferente dos dois primeiros elementos, atua de outra forma diante dos obstáculos. Quando em contato com a água fervendo, mistura-se a ela, dando-lhe sabor. O que para o ovo e a cenoura era obstáculo, para o café se tornou aliado.
Muitos encaram a renúncia e os sofrimentos como obstáculo ao crescimento, em vez de se misturar com eles, adquirindo o sabor do Calvário.
“A montanha do Calvário é o caminho dos que amam a Deus” (São Francisco de Sales).
Os primeiros monges iam ao deserto, a fim de ser provados e tentados. Eles não pediam a Deus que lhes tirasse as tentações e provações, mas pediam forças para renunciar a elas e vencê-las e, vencendo-as, fazerem profundas experiências com o Senhor Jesus.
Certa vez um senhor que caminhava pelo mundo passou em uma pequena cidade e verificou que logo na chegada haviam plantados três coqueiros. Em um dos coqueiros havia uma grande pedra amarrada em seu tronco. Depois de muitos anos, ele notou que os coqueiros haviam crescido. Mas algo lhe chamou atenção: o coqueiro do meio estava mais alto, mais belo, com mais frutos e sua sombra cobria os demais. Logo ele imaginou que a pedra que tinha sido amarrada em seu tronco quando pequeno fez com que ele aprofundasse suas raízes na terra, adquirindo estrutura para crescer mais que os outros.
Da mesma forma, os sofrimentos e renúncias no ministério fazem com que este crie raízes em Deus, aprofunde-se, criando estrutura para crescer.
“As renúncias são salutares para nossa vida e a vida do ministério” (São João da Cruz).
Sendo assim, é preciso ser como o café: receber os obstáculos e usá-los para nosso crescimento em Deus. É importante esclarecer que Deus tem um propósito para tudo e não faz nada por acaso.
O objetivo principal de Deus é lhe dar o Céu, fazendo de você um Santo. Santo Agostinho nos ensina: “O Deus todo poderoso por ser soberanamente bom, nunca deixaria qualquer mal existir nas suas obras se não fosse bastante poderoso e bom para fazer resultar o bem do próprio mal”. Então a dor, o sofrimento, a “pessoa difícil” em nossas vidas não são uma questão de merecimento, mas sim de necessidade. Nós precisamos e você precisa disso para ser santo. É para a nossa santificação, para quebrar o nosso orgulho e nos ensinar a amar gratuitamente.
Devemos aproveitar as situações difíceis para sofrermos pela obra DJC, atualizando o sacrifício de Cristo. “Não podemos oferecer sacrifícios a Deus que não nos custam nada” (cf. 2Sm 24,24b).
Para cada um de nós, Deus prepara um momento e uma maneira de tomar a cruz. Podemos tomar como exemplo alguns personagens bíblicos que tiveram sua oportunidade. A cruz é sempre contrária às nossas vontades e o primeiro passo para conseguirmos tomá-la é a plena sintonia com a vontade de Deus; caso contrário, fugimos. Quando jesus subiu ao Getsêmano para orar, levou com Ele também Pedro, Tiago e João. Enquanto Jesus orava, os discípulos dormiram, mas a ordem do Senhor era: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação” (cf. Mc 14,38). Não é mera coincidência o fato de existir, no mesmo capítulo, um Pedro que deixa de rezar para dormir, e um mesmo Pedro que nega Jesus, perdendo a oportunidade de assumir a cruz. Diante de tal situação, tomar a cruz, para Pedro, era se entregar às consequências de ser um cristão, testemunhado a Cristo. Nesse mesmo capítulo, encontramos Marcos, que, diante da prisão de seu Mestre, foge nu, demonstrando tamanho medo e perdendo, com isso, a oportunidade de tomar a cruz.
Ao contrário dos discípulos, Jesus assumiu Sua cruz, dando-lhes o exemplo. Pediu ao Pai que afastasse o cálice, mas assumiu a vontade dEle. Queremos enfatizar aqui o fato de que Jesus orava enquanto os outros dormiam. Tomar a cruz não é fácil, e quando o jovem se depara com ela tende a fugir, deixando a obra se acabar ou se arrastar pelo caminho. O primeiro passo para se tomar a cruz é ter vida de oração. A cruz é sempre algo novo, inesperado, contrária às nossas vontades. E, diante do novo, tendemos a fugir, não queremos sofrer. Por isso, vigiai e orai, pois não sabeis o momento do encontro com a cruz.
Dentro da fraternidade ou do Discipulado Local, o jovem se depara com momentos inesperados em que Deus o convida a tomar a cruz. A obediência a Deus implica obedecer às pessoas que são constituídas em autoridade – e para muitos isso é tomar a cruz. Quando um membro do ministério, da fraternidade se rebela contra seu coordenador, é porque talvez esteja realizando esse ministério para fazer satisfazer o seu próprio ego, não por amor a Deus a quem serve. Aceitar o irmão com suas diferenças e abrir-se a tais diferenças é tomar a cruz. Ser criticado, na maioria das vezes pelo som alto, ou por ter cantado muito ou pouco, é tomar a cruz.
São Paulo, ao escrever sua Carta aos Filipenses, provavelmente se encontrava na prisão, em Éfeso, por volta dos anos 55-57. Contudo, testemunhava o poder de Deus encorajando-os: “Porque a vós vos é dado não somente crer em Cristo, mas ainda por Ele sofrer. Sustentais o mesmo combate que me tendes visto travar e no qual sabeis que continuo agora” (cf. Fl 1,29-30). Em seguida, Paulo ainda nos exorta dizendo: “Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra de vida” (Fl 2,14-16). E encerra nos animando: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13).

20:30h – Oração

Em sintonia com o que foi meditado na Palavra de Deus e refletido na formação.

20: 45h – Caminhada Discipular

·      Estejam sempre atentos, principalmente, articuladores e coordenadores de fraternidades (discipuladores), às orientações postadas no blog, pois precisamos colocar em prática o nosso Método de Evangelização e Acompanhamento de discípulos (MEAD). Nossos encontros de fraternidade estão divididos da seguinte maneira:
- Primeiro sábado: encontro fechado (só os discípulos da fraternidade, ou seja, os discípulos que fizeram a opção fundamental).
- Segundo sábado: Corpo de Apostolado Extensional dos Jovens (participam os servidores e estagiários)
- Terceiro sábado: encontro fechado (só os discípulos da fraternidade, ou seja, os discípulos que fizeram a opção fundamental).
- Quarto sábado: encontro aberto (para quem quiser participar, seja jovem, adolescente ou criança. Por isso deve ser bem preparado e  muito bem divulgado para que alcance o maior número possível.
- Quinto sábado: encontro fechado (só os discípulos da fraternidade, ou seja, os discípulos que fizeram a opção fundamental).


·      17/11/2013 – Discipulado de Jesus Cristo – Kairós Local, com o tema Lumen Fidei. Encontro para todos os discípulos de Jesus e convidados. Início às 08:00h e encerramento às 15:00h com a Santa Missa.

·      23/11/2013 – Encontro aberto. Neste dia o encontro aberto será em ritmo de Kairós, como se fosse um Kairós específico. Assim, o tema do encontro será o mesmo do Kairós Local: Lumen Fidei, ou seja, luz da fé.

21:00h – Avisos e despedidas

Observação: Discipuladores das Fraternidades de Jovens e Articulador podem aproveitar este dia para efetivar o acompanhamento personalizado.
Graça e Paz!

Edilma Santos

Conselheira Local do Discipulado de Jovens