Segundo sábado de Junho (08/06/13)
Nas Sedes das Extensões
Dirigente: Articulador do Discipulado de
Jovens
Participação: Discípulos Servidores e Discípulos
Estagiários.
Observação: O horário abaixo é uma
referência. Conferir com o Articulador o horário certo do Discipulado de Jovens
na Extensão.
18:00h – Ambientação e providenciar
cópias do texto para os participantes.
19:00h – Louvor e Súplica ao Espírito
Santo
19:30h – Palavra de Deus (Escolher de
acordo com a formação) e partilha em oração
19:45h – Reflexão / Formação
É possível evangelizar sem a oração?
A cada dia que passa me pergunto com uma
certa angústia de quem está chegando à belíssima idade de 60 anos, dos quais
dediquei mais de 40 ao serviço de Deus, da Igreja no Carmelo, se é possível
evangelizar sem a oração?
Um questionamento que bate forte à nossa
porta e nos obriga a parar para podermos compreender o que se entende por
evangelização. Me parece que às vezes se tem a impressão que dentro da Igreja
há pessoas que confundem a evangelização com ação social: fazer, dar de comer,
ajudar os pobres, servir aos mais necessitados, mas deixando de lado o anúncio
corajoso da pessoa de Jesus.
O cristão é evangelizador em tudo o que
ele faz e o seu coração, como o de Paulo, queima forte pelo Reino de Jesus.
Evangelizar não é um trabalho qualquer nem uma atividade que se escolhe para
ter o que comer ou ter uma vida mais tranqüila e folgada. É uma exigência
interior: “Ai de mim se eu não evangelizar”.
Havia momentos que Paulo não sentia
nenhuma vontade de anunciar o nome de Jesus porque sabia que isto lhe
acarretaria muitos sofrimentos e dores. Era preferível calar-se, mudar de rumo
e fazer outras coisas. Mas não lhe era possível, havia nele algo de mais forte
do que a sua vontade humana. Assim a leitura atenta dos profetas nos faz
encontrar que muitos profetas, diante da escolha de Deus se detém profundamente
para poder fugir da responsabilidade e não consegue.
Basta se lembrar de Moisés, ele discute
com Deus, tenta indicar para Deus pessoas mais capazes, mas Deus se torna quase
“cruel” com o mesmo Moisés e o coloca com as costas na parede “vai”, e Moisés
se vê obrigado a ir lá onde Deus quer que ele vá.
Assim sentimos profundamente a
fragilidade e o medo de Jonas que é enviado a Nínive para anunciar a libertação
e Jonas, medroso, toma o caminho para Tarsis para se esconder do envio de Deus.
E Deus, com mão firme, o faz voltar ao rumo certo.
E como esquecer a relutância de
Jeremias, de Isaías? E como não lembrar Amós que estava sereno e tranqüilo
cuidando do seu rebanho e das suas plantações de sicômoros e Deus o envia para
anunciar paz e justiça e diante da constatação do rei o mesmo Amós dirá: “eu
não sou nem profeta e nem visionário, Deus me enviou”?
Como não lembrar a mesma resistência dos
apóstolos em deixar tudo e seguir Jesus para tornarem-se pescadores de homens?
Poderíamos passar atentamente na galeria dos santos e das santas e sempre nos
encontraríamos com resistências para o anúncio do Evangelho.
O medo do fracasso, da incompreensão e
da cruz. Mas diante de tudo isto nos deparamos com homens corajosos, com
mártires capazes de entregar a própria vida sem reservas para o anúncio do
Reino, e derramar o próprio sangue. Por que tudo isto? Onde eles encontravam a
força para não desanimar e não fugir da responsabilidade? Oração.
A força dos profetas, dos mártires, dos
apóstolos é uma só: a oração. É no diálogo íntimo, pessoal com Deus que brota
uma força que nada e ninguém pode parar. Não podemos anunciar uma pessoa
desinteressadamente se não somos apaixonados por esta pessoa. O apóstolo, o
evangelizador é alguém que, tendo encontrado Jesus, como Paulo na via de
Damasco, no deserto ou no silêncio, foi seduzido e vencido por um ideal.
Quantas vezes me parece ouvir no fundo
do coração e no mais íntimo do ser as mesmas palavras que Paulo ouviu no
caminho de Damasco: “Saulo, Saulo por que me persegues?” E Saulo, tomado por
medo mas também fascinado pela luz e pelo amor, responde: “quem és tu, Senhor?”
E a voz confirma: “sou aquele Jesus que tu persegues”...
Hoje nós somos perseguidores de Jesus
quando não assumimos a missão evangelizadora, ou quando por medo, preferimos um
evangelho “dietético”, que se acomode a todas as correntes do pensamento
humano. Eu tenho medo que às vezes anuncie um Cristo revestido e apresentado
com tantas facetas, para se entender um Cristo que tem um não sei quê de
budismo, de marxista, de muçulmano, de espírita, de protestante...um Cristo tão
ecumênico que não é mais o Cristo do evangelho, do anúncio corajoso que não tem
medo.
Ser ecumênico não quer dizer adaptar o
Cristo a todos os movimentos mas sim ser fiéis ao Cristo até à morte. Me parece
que hoje nos falta a coragem de sermos mártires, o desejo de sermos mártires, e
só assim poderemos falar de Jesus com convicção e amor. Ninguém pode fugir
desta missão de proclamar. Por isso que a oração é a fonte de onde brota a
evangelização.
O Papa João Paulo II o tem recordado
quando nos fala que toda pastoral deve ser pastoral da oração. Para esta
pedagogia da santidade, há necessidade dum cristianismo que se destaque
principalmente pela arte da oração. O ano jubilar foi um ano de oração, pessoal
e comunitária, mais intensa. Mas a oração, como bem sabemos, não se pode dar
por suposta; é necessário aprender a rezar, voltando sempre de novo a conhecer
esta arte dos próprios lábios do divino Mestre, como os primeiros discípulos: «Senhor,
ensina-nos a orar» (Lc 11,1).
Na oração, desenrola-se aquele diálogo
com Jesus que faz de nós seus amigos íntimos: «Permanecei em Mim e Eu
permanecerei em vós» (Jo 15,4). Esta reciprocidade constitui precisamente a
substância, a alma da vida cristã, e é condição de toda a vida pastoral
autêntica. Obra do Espírito Santo em nós, a oração abre-nos, por Cristo e em
Cristo, à contemplação do rosto do Pai. Aprender esta lógica trinitária da
oração cristã, vivendo-a plenamente sobretudo na liturgia, meta e fonte da vida
eclesial, mas também na experiência pessoal, é o segredo dum cristianismo
verdadeiramente vital, sem motivos para temer o futuro porque volta
continuamente às fontes e aí se regenera.(NMI 32)
Quem não reza não vai sentir o
entusiasmo, a paixão, o amor transbordante por Jesus. E o anúncio que não toca
o coração se esvai. São João da Cruz, com seu tom duro mas certeiro, me faz
medo e me coloca em crise: “muito bem fariam os pregadores do evangelho. “Minha
alma se há votado, com meu cabedal todo, a seu serviço; já não guardo mais
gado, nem mais tenho outro ofício, que só amar é já meu exercício. Considerem
aqui os que são muito ativos, e pensam abarcar o mundo com suas pregações e
obras exteriores: bem maior proveito fariam à Igreja, e maior satisfação dariam
a Deus – além do bom exemplo que proporcionariam de si mesmos, - se gastassem
ao menos a metade do tempo empregado nessas boas obras, em permanecer com Deus
na oração, embora não houvessem atingido grau tão elevado como esta alma de que
falamos...” (Cântico 28, 3) Quem sabe se eu mesmo deva rever o meu apostolado e
me colocar na escuta de Jesus como Maria em Betânia e, escutando Jesus, possa
falar dele com mais amor. É o caminho da oração que nos dá a alegria de
anunciar; não porque o anúncio é acolhido mas porque uma força maior do que nós
nos manda anunciar.
Santa Teresinha. O Carmelo, desde o seu
início quando Teresa movida pelo Espírito Santo fundou uma nova Ordem Carmelita
e, com a ajuda de João da Cruz, o complementou com os carmelitas descalços de
maneira que “monjas e frades” formam uma única realidade, sempre teve a clareza
da força da oração como apostolado. A Igreja e seus problemas se tornam
problemas e necessidades do mesmo Carmelo. “A Santa Madre(Teresa) transmitiu a
suas filhas seu próprio espírito apostólico, desejando que se afeiçoassem ao
bem das almas e ao aumento da Igreja, sinal evidente da verdadeira perfeição.
Por isso lhes indicou o serviço eclesial da oração e da imolação, como
finalidade da vocação para a qual o Senhor mesmo as havia reunido no
Carmelo.”(Constituições das Carmelitas Descalças 125)
Teresa diz: “no dia em que vossos
trabalhos, orações e jejuns não forem pela Igreja, considerai que não atingis o
objetivo para o qual o Senhor as reuniu aqui.(Caminho 3,10)” Esta chama viva de
amor eclesial e apostólico foi tomada e tornada mais acesa pela teologia
vivencial e vocacional de Santa Teresinha do Menino Jesus. Ela é o novo
paradigma da força da oração como apostolado. É só acolher e entender o que diz
no manuscrito C: “na Igreja, minha mãe, serei o amor”. Não podendo abraçar toda
a Igreja e todos os lugares escolhe o caminho que abraça a todos. “Serei
missionária pela oração e pelo sacrifício. “Tenho a vocação de ser Apóstolo...
quisera percorrer a terra, pregar teu nome e plantar sobre o solo infiel tua
Cruz gloriosa.(MB 2v)”
Fazer apostolado é um momento da vida,
um espaço da vida. Para todos vai chegar o dia em que, por força da idade, da
doença, ou de outros acontecimentos, deixaremos de “fazer apostolado”, de
anunciar com palavras e obras, mas nunca podemos deixar de “ser apóstolos”,
porque isto faz parte “geneticamente” do nosso ser cristão.
Frei Patrício Sciadini, OCD
20:30h – Oração
Em sintonia com o que foi meditado na
Palavra de Deus e refletido na formação.
20: 45h – Caminhada Discipular
• 22/06/2013 - Encontro aberto: preparar
e incentivar todos a convidar crianças, adolescentes e jovens.
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Roteiro do Encontro Aberto do
Discipulado de Jovens (22/06/2013)
19:00h – Acolhimento, Em nome do Pai,
Louvor e Súplica ao Espírito Santo
19:30h – Atividade de evangelização:
cinema cristão – O Canto das Írias – no you tube - http://www.youtube.com/watch?v=yxcrOcp9i-s&feature=player_detailpage
20:20h – Caminhada discipular
(orientações e avisos e despedida)
Convite para Siloé e encontro aberto do
mês seguinte.
E ainda cultivar a responsabilidade
missionária de cada um. Concretamente, dizer para eles que no segundo sábado
não haverá encontro, pois todos são convidados a ocupar este tempo convidando
outros jovens para o Siloé e para o encontro aberto do Discipulado de jovens,
no quarto sábado.
20:30h – Despedida
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21:00 – Avisos e despedidas
Observação: Discipuladores das
Fraternidades de Jovens e Articulador podem aproveitar este dia para efetivar o
acompanhamento personalizado.
Graça e Paz!
Edilma Santos
Conselheira Local do Discipulado de
Jovens