Atenção!
Articuladores e Discipuladores!
Abaixo segue sugestão de filme para o Discipulado de Jovens - Encontro Aberto deste mês de julho (25/07/2015). Seguido de um comentário crítico sobre o mesmo. Preparem a pipoca e o refrigerante! É dia de Cine DJC!
Eis o cartaz que fiz para o Antônio Bezerra, se alguém quiser tenho a matriz. daí é só trocar as informações.
Jack, o Caçador de Gigantes
“O homem está à procura de Deus. Pela criação, Deus
chama todo ser do nada à existência. ‘Coroado de glória e esplendor’, o homem
é, depois dos anjos, capaz de reconhecer que ‘é poderoso o Nome do Senhor em
toda a terra’. Mesmo depois de ter perdido a semelhança com Deus por seu
pecado, o homem continua sendo um ser feito à imagem de seu Criador. Conserva o
desejo daquele que o chama à existência”. (CIC 2566)
“Jovens,
arrisquem a vida por grandes ideais”. Papa Francisco em Homilia na Praça de São
Pedro, 28.04.2013
O
filme reconta de forma épica a fantástica história de João e o pé de feijão,
mas com uma pitada impressionante e cheia de majestade a mais. O filme
transforma-se num épico divertido e cheio de aventuras. As batalhas são
impressionantemente bem feitas.
Os monges criaram para Deus uma estrada
Mas quando pensaram à porta do céu ter chegado
Só um terrível destino encontraram
Entre o céu e a terra um lugar pavoroso
Gântua: lar de povo gigante tenebroso
Pela ponte que pro mundo dos homens desce
Um monte de gigantes aparece.”
Na
história de Jack, os monges estavam em busca de Deus, e criaram sementes que
fizessem um portal, uma ponte para o céu.
A
nossa busca inconstante é por Deus! Já
dizia Santo Agostinho que o coração do homem possui uma lacuna que nunca
consegue hóspede até que Nosso Senhor venha nele, para sempre, habitar! E ao
ver Jack o Matador de Gigantes, fica fácil perceber como a busca é o que move o
homem. Os monges criaram sementes mágicas para poderem chegar a Deus,
entretanto, a única ponte que nos leva aos céus é construída unicamente por
Ele. Se religião é religar, só Deus pode fazer isso! E ele faz. Com a única
semente de salvação que temos: Semina Verbi! O Verbo de Deus foi lançado na
terra, como semente de Salvação, Árvore da Vida! NOSSA VIDA!
Em
sua busca por tempos melhores, Jack encanta-se com os contos infantis, com o
conto dos gigantes, exatamente surgido pela busca por Deus.
Com
essa onde de filmes recontando contos de fadas, Hollywood acaba por reconhecer
que o mundo anda concreto demais, e sem vínculo com o eterno. Readaptar Contos
de fada tem sido uma mina de ouro para os diretores, roteiristas e toda a
empresa cinematográfica.
Quando
Jack sonha com tempos melhores, ele sonha com tempos que venham não sem luta,
não sem aventura. E então, confiar na mudança é sempre um ato de desprendimento
e coragem.
Quando
as sementes mágicas transformam-se em ponte para Gântua, o mundo pavoroso entre
o céu e a terra, habitado por gigantes tenebrosos que comem gente e aos humanos
querem destruir, Jack parte em busca da princesa, que é levada ao mundo de
terror. Ele simplesmente não se importa com os perigos, embora deles tenha
muito medo. Mas encontrou algo por que lutar. Sua luta nunca é sem medo, mas é
com coragem a despeito do dele.
Encontrar
numa aventura a vida que procurava é muito parecido com o que vivemos. A nossa
vida é uma aventura de fé. Enquanto Jack escala o pé de feijão, nós escalamos
nossos muros de medos, de egoísmos, de falta de fé. E ao encontrar o que tanto
buscamos, será que já é o fim? Em que momento nos deparamos com o que somos e
assim, podemos fazer desse encontro um bem?
Os
humanos são perseguidos por gigantes, habitantes do mundo entre o céu e a
terra. Os gigantes são seres pavorosos, como o próprio filme faz questão de
retratar.
Um
fato interessante é que os gigantes são dominados somente por uma coroa forjada
a pelos monges a partir do coração de um deles, um coração de pedra. Somente
algo forjado a partir de um coração impenetrável seria capaz de dominá-los.
Seria o famoso combate de igual para igual?
A fé
em Deus é citada e testada constantemente no filme, e Seu nome, não em vão, é
pronunciado nos mais interessantes momentos: na dor, no medo, na alegria, na
gratidão. A versão dublada não traduz com a emoção do inglês, extremamente
acentuado, diga-se de passagem. A ideia é ir para além das nuvens.
Mas o
que mais me chamou à atenção e encantou-me sobremaneira além de Jack e sua
aventura, foi a condição do Rei. O Rei, mesmo sendo de condição Real,
monárquica, colocou-se entre seus soldados, e pôs-se a defender seu povo, sua
gente com sua espada.
Ser
rei não o excluiu da peleja, e nela ele reencontrou seu poder, sua coroa. E
pôde testemunhar a lealdade de seus súditos e cavaleiros. Em uma analogia
infinitamente menor, Cristo, sendo de condição divina, assumiu nossa carne, e
nos salvou.
Todo
o filme é repleto de simbolismos cristãos, e isso nos conduz a uma reflexão
acerca de como anda nossa fé? Em que momento eu largo tudo o que tenho e sou e
parto em busca do outro? O quanto os interesses dos outros podem me atrair para
uma ação altruísta? Eu faria como Jack? Arriscaria minha vida para ir a um
mundo que não conheço e salvar alguém a quem julgo amar? Eu teria a mesma
atitude do Rei em deixar o que tenho, despojar-me de minha condição de riqueza
e descer até onde o outro precisa?
Estas
situações chamaram-se tanto a atenção, que o filme, de doce tornou-se célebre!
Pude encontrar em suas cenas, momentos de diversão mas de uma tentativa de
trazer às telas uma nova ligação com o sublime, com o eterno.
Em
Jack o Caçador de Gigantes há os crentes, os incrédulos, os solitários, os
monarcas, os plebeus, os monges! Toda uma sociedade retratada de modo a fazer
com que entendamos uma coisa: todos precisam crer! Ah, e há também o vilão, que
é morto pela própria ambição, pelos próprios medos e desesperos.
Eu
estava sentindo falta disso nos filmes, e em Jack acontece: o mal é realmente
mal; o bem é realmente bem e é aclamado.
Não
se pode ir buscando uma história completamente original; é um conto de fadas! A
princesa e o herói são feitos um para o outro. É interessante, porém, que se
perceba as expressões nos atores, a força das personagens.
Num
momento épico e surreal, os humanos enfrentam os gigantes no que parece uma
disputa no cabo de guerra. Impressionantemente, os humanos (juntos) em força,
equiparam-se aos tenebrosos habitantes de Gântua. E quando o rei ao povo se
junta, a ideia que se passa é que a força fora renovada. Em nenhum momento o
filme deixa de incutir em nós a verdade de que sozinho não há vitória.
Embora
não seja um filme extraordinariamente perfeito, é um filme de coragem e
fraquezas, personagens teoricamente tão antagônicas. Mas o que nos faz pensar
que é na fraqueza que a força do Senhor soberano se manifesta!
Como
eu disse há pouco, o que se pode notar neste filme em especial e na maioria dos
filmes lançados ultimamente, é uma “religação” ao sublime, ao transcendental. Transferir
abertamente a lenda inglesa para um ambiente medieval, no qual cavaleiros,
princesas, reis, príncipes e os monges são protagonistas é, também, e sem
dúvida, uma tentativa de religar. A magia já nos faz isso diariamente, mas é
importante que percebamos essa necessidade que sempre houve, mas que já foi
muito sufocada pela modernidade aparente, uma modernidade exterior. Hoje, vemos
que o coração do homem precisa desse Hóspede, e em muito o cinema nos pode
ajudar. Lembro-me sempre de Frank Capra, e da sua história de conversão ao ver
seu filme e os efeitos que ele causou nas pessoas durante a estreia. Que
possamos, então, apreciar os filmes e que tentemos enxergar nos bons filmes,
ótimos caminhos de conversão diária. Acredito que vale a pena.
Jack já vale pela menção de Deus; vale ainda mais por ser um conto de
fadas! É assim que retomamos o “Felizes para sempre”!
Assista legendado. Super vale pelo sotaque! Perfeito!
Ficha Técnica:
Direção: Bryan Singer.
Elenco: Nocholas Hoult, Eleanor
Tomlinson, Ewan McGregor.
Gênero: Aventura, Fantasia.
Origem: EUA.
Fonte: http://blog.comshalom.org/projecoesdefe/jack-o-cacador-de-gigantes/,
acessado em 18 de julho de 2015