Discipulado Local de Jovens - Fortaleza Reunião do Corpo de Apostolado Extensional do Discipulado de Jovens (14/12/2013)

Discipulado Local de Jovens - Fortaleza Reunião do Corpo de Apostolado Extensional do Discipulado de Jovens (14/12/2013) Sedes das Extensões Dirigente: Articulador do Discipulado de Jovens Participação: Discípulos Servidores e Discípulos Estagiários. 18:00h – Ambientação e providenciar cópias do texto para os participantes. 19:00h – Louvor e Súplica ao Espírito Santo 19:30h – Palavra de Deus (Lc 5,1-11) e partilha em oração 19:40h – Reflexão / Formação Por que os peixes estão desaparecendo? Certa vez, um barco pesqueiro estava em seu trabalho de rotina, pescando no litoral em um lugar já explorado. Todos já conheciam a qualidade do peixe que haveriam de pescar. Sabiam os locais exatos e os caminhos seguros que haveriam de percorrer. Não havia nenhuma novidade, tudo era muito conhecido e seguro. O equipamento usado era o mesmo: algumas redes, linhadas lançadas ao mar e alguns pescadores que tentavam pescar com varas. O filho mais novo percebeu que seu pai, o capitão do barco, não estava feliz. Contemplava o alto-mar e deixava transparecer a tristeza de não conhecer suas riquezas. Vendo isso o garoto perguntou: “Pai, por que você está triste e pensativo olhando para águas distantes?” O pai então respondeu: “É que não estamos mais encontrando peixe. Dizem que o mar esconde maravilhas que não podemos ver. Sei também que nessa imensidão deve haver muitos peixes a ser pescados e variedades de cardumes para capturarmos”. O garoto, então, ansioso para falar, disse ao pai: “Mas, então, o que estamos esperando para sair em alto-mar? Vamos pescar peixes grandes e variedades de cardumes, desbravar novos caminhos e fazer novas experiências, pois, papai, é caminhando pelo novo que ampliamos os nossos horizontes e crescemos na vida”. O pai do garoto respondeu um pouco triste: “Filho, para adentrar neste mar, é preciso que estejamos bem leves. Se o barco estiver muito pesado corremos o risco de afundar”. O filho então pergunta ao pai: “O que faz com que o barco fique tão pesado?” O pai respondeu: “O medo”. O medo torna o barco do ministério pesado. O vento do Espírito sopra, mas não encontra docilidade. O músico se esconde por trás do instrumento, onde já não há novidade alguma; o caminho é seguro, não há nada de novo, contudo não se pegam mais peixes, ou melhor, almas. O risco que tal músico pode correr, é de voltar para o porto seguro e desistir da pescaria porque já não se encontram mais peixes. “O cão voltou ao seu vômito”; e ainda: “A porca volta a revolver-se no lamaçal” (2 Pd 2,22). O novo em nossa vida tem seu lado bom e seu lado difícil de administrar. O lado bom é que ele nos faz crescer, nos traz experiências novas, nos impulsiona a navegar com o sentimento de estar nascendo agora. É na exploração do novo que se encontra o grande sentido para a vida. Explorar nos leva a conquistar novos territórios, transcendendo os limites da rotina e do seguro. A coragem de ser protagonista nos faz olhar sempre para a frente e nunca para trás. Durante nossa caminhada pudemos conhecer muitos irmãos e acompanhar seu crescimento e amadurecimento na fé. Pudemos, também, acompanhar aqueles que sempre permaneceram no litoral, sempre com seu barquinho percorrendo os mesmos caminhos, enfim, não cresceram e não tiveram a coragem de trilhar o caminho que Deus os chamou a seguir. Quando permanecemos dentro de nossos limites, não construímos uma história e sim uma rotina. A conseqüência disso é que muitos jovens se frustram pelo resto da vida. A verdade é que jamais poderemos ser felizes se não seguirmos os caminhos que Deus tem preparado para nós, ou seja, nossa vocação. Nenhum ser humano encontra sentido para sua vida fora dos caminhos traçados por Deus. Nosso caminho a ser desbravado jamais terá um fim, pois Deus a cada dia vai exigir um novo sim. Devo lhe dizer que a maioria desse “sim” a Deus significa navegar mares desconhecidos. A pescaria exige que o pescador, no decorrer do tempo, vá descobrindo novos caminhos; e, mesmo com o peso do medo, ele precisa arriscar. Muitos que não se arriscam deixam de pescar. Nosso recado para o jovem é simples: não tenham medo de adentrar no novo, não tenham medo de se entregar por Deus, de se desgastar por Ele, de se consumir por Ele. O Espírito Santo faz tudo novo, todos os dias, e quem não aprende a conviver com o novo, não vive segundo o Espírito. A raiz de todo o medo está na desconfiança de Deus. A desconfiança é a pior inimiga da esperança. Muitos têm medo porque desconfiam do poder de Deus. Assim, uma das causas do medo é a falta de fé. Quando depositamos nossa confiança em nós mesmos e em nossas próprias capacidades, perdemos a ousadia de trilhar novos caminhos na evangelização, não temos a coragem, nem mesmo de pregar ou orar no grupo de oração. O medo nos impede de conhecer e experimentar maravilhas que só aqueles que navegam para o alto-mar podem conhecer e experimentar. Quando Moisés fugiu para o deserto de Madiã, durante os quarenta anos, construiu sua rotina e seus limites. Constituiu uma família se casando com a filha de Jetro. Contudo, Moisés nunca foi plenamente realizado, algo dentro dele o incomodava. O caminho que Deus havia traçado para Moisés jamais terminaria ali no deserto de Madiã. Dentro dos limites que ele vivia não havia mais “peixes” para pescar, os peixes estavam em um oceano chamado Egito. A Palavra relata que um dia Moisés teve a coragem de ir do deserto, isto é, teve a coragem de dar passos concretos em direção ao novo, sair de sua rotina para encontrar Deus. O encontro com Deus se dá quando caminhamos no escuro da fé, caminho jamais percorrido antes, pois é exatamente essa a pedagogia de Deus: retirar de nós toda a segurança humana; e isso só pode acontecer quando desbravamos o novo. Quando Moisés desbravou novos horizontes, teve um encontro pessoal com Deus e pôde enxergar o quanto estava navegando durante os quarenta anos no mesmo mar. Aquele que não vai além do deserto se esconde por trás de uma realidade baseada em projetos humanos. Talvez hoje você esteja vivendo a mesma rotina de Moisés, isto é, alimentando ovelhas, construindo um lar e deixando de conhecer todas as maravilhas que só o coração pode ver com os olhos da fé. A maior beleza do oceano não pode ser vista com os olhos da carne. É preciso ter a coragem de mergulhar em alto-mar para pescar peixes maiores. Sabe por que os peixes estão sumindo? Porque os pescadores estão com o barco pesado. Se o medo de se entregar a Deus, dentro de sua real vocação, é sinal de que você está confinado em suas próprias forças e não em Deus. A Igreja precisa de jovens que joguem fora do barco todo medo. Precisamos rezar para que o Senhor aumente nossa fé e retire de nós todo medo de anunciar o Evangelho. Ter medo não é “algo de outro mundo”, pois até mesmo Jesus no Getsêmani sentiu medo. Porém, não podemos deixar que o medo nos domine e seja maior que a presença de Deus em nós. Moisés teve medo diante da proposta de Deus para libertar o povo do Egito. Contudo, não questionou a Sua vontade. Se Deus nos envia é preciso acreditar que Ele fará. “Ah! Senhor Javé, eu nem sei falar, pois sou apenas uma criança. Replicou porém, o Senhor: Não digas: ‘Sou apenas uma criança, porquanto irás procurar aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que eu te ordenar. Não os deverás temer porque estarei contigo para livrar-te – oráculo do Senhor” (Jr 1,6-8). Se os santos com toda a sua humanidade, medos, conseguiram ousar em Jesus, por que nós também não podemos enfrentar nossos medos e pescar em alto-mar? Certa vez, Santo Inácio de Loyola, fundador dos Jesuítas (Companhia de Jesus), encontrou São Francisco Xavier em Paris, na França. São Francisco estava estudando para ser um grande profissional. Um dia, Santo Inácio, durante uma conversa, perguntou a São Francisco o que ele queria ser. São Francisco respondeu: “Quero ser um grande advogado”. Santo Inácio indagou: “E depois?” “Depois quero me casar”. “E depois?”“Depois quero ter filhos”. Santo Inácio continuou: “Mas e depois?" Houve uma pausa. Depois de algum tempo, São Francisco Xavier se tornou um discípulo de Santo Inácio e um santo para a Igreja de Cristo. Santo Inácio, com toda a sua ousadia, havia pescado um dos bons peixes. Quanto mais fundo é o mar, maior pode ser o peixe. Santa Teresa navegou e desbravou oceanos com sua vida e, mesmo depois de morta, seu testemunho de vida continuou e continua a pescar peixes grandes. Diz a história de Santa Edith Stein, que esta passou a noite toda lendo a vida de Santa Teresa d’Ávila e, ao amanhecer, disse: “Hoje conheço a verdade”. No dia seguinte, Edith Stein pediu para ser batizada. Acontecia aqui mais uma pescaria em mares desconhecidos. Muitas vezes não pescamos peixes grandes porque temos medo de anunciar e, sendo assim, não navegamos para o oceano. Infelizmente, ainda não somos ousados a ponto de gritar para pagãos, como fez São João Batista: “Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. São João apontava Jesus às pessoas com toda a convicção de que Deus poderia, segundo Seus desígnios, modificar a vida de todos aqueles que se voltassem a Ele. O melhor vendedor que existe é aquele que tem convicção da qualidade e eficiência de seu produto. Sua convicção é tamanha que leva as pessoas a aderir e a acreditar na qualidade e eficiência do produto. Dessa forma, vendem a mercadoria. Não estamos chamando Cristo de mercadoria, mas é Ele quem anunciamos e propagamos. E se não conseguimos dar de graça para as pessoas a maior e melhor mercadoria do mundo, é porque não temos convicção do nosso “produto”. Quando São João apontou Jesus como Salvador do mundo, as pessoas não tiveram dúvidas do produto anunciado, tamanha era a convicção de João Batista. É também certo que, para ter tal convicção é preciso experimentar profundamente o produto, sentindo sua eficácia em nossas vidas. Voltamos a afirmar, o melhor evangelizador que existe é aquele que tem convicção da propaganda que faz. Não podemos ter medo de afirmar que Jesus cura e pode modificar as pessoas. Não podemos ter medo de levar as pessoas até Jesus. Pois essa é nossa única parte. Curar e libertar é por conta do Cordeiro. Santo Antônio, desafiava o povo que não acreditava na Eucaristia. Certa vez disse-lhes: “Deixarei um burro sem comer por três dias e, em seguida, o trarei para dentro da Igreja com o Santíssimo exposto, e do lado colocarei um monte de capim. Vejamos o que o burro fará”. Santo Antônio, como havia dito, trouxe o burro que, por sua vez, se prostrou diante da Eucaristia, deixando o capim de lado. Deus precisa de “bocas ousadas” para dizer que Jesus é real: o mesmo de ontem, hoje e sempre. Curou, cura e vai curar. Libertou, liberta e libertará. Jesus é tão vivo na Eucaristia que nem mesmo um burro deixa de adorá-Lo. No início do cristianismo, ser cristão era assinar a sentença de morte, entregar a vida por Jesus. Atualmente temos liberdade para anunciar o nome de Jesus até mesmo nas praças públicas, mas não o fazemos. Temos vergonha de ser cristãos, estamos pesados de medo da reprovação social que se manifesta como um verdadeiro anticristo. Não sabemos o que é sofrer pro amor a Cristo. Tudo nos é permitido: podemos cantar, pregar, nos dizer cristãos, mas insistimos em permanecer acomodados, usando dos mesmos métodos de sempre, que não atraem mais, não conquistam mais. Santo Agostinho que o mundo combate contra os soldados de Cristo com duas armas e táticas diferentes. Uma arma é a sedução; sua tática, criar angústia. A outra é o medo; sua tática é semear desânimo. Não podemos deixar de citar também uma segunda causa de nosso medo. Devemos dizer que a ousadia dos Santos estava justamente no fato de serem santos. Na maioria dos barcos existe um vírus chamado “pecado”, que gera a doença do medo e o prende ao litoral. O pecado é como uma âncora que amarra o barco ao cais e o impede de desbravar os oceanos. O Papa João Paulo II dizia em sua catequese do dia 19 de junho de 2002: “O pecado da infidelidade cancela a recordação da presença divina em nós”. O pecado nos afasta dAquele que é nossa força. Separados de Deus, somos como um tanque de guerra sem petróleo. Por mais potentes que sejamos, com toda habilidade e experiência musical, não saímos do lugar, afastados de Deus. Somos um outro Adão que, ao pecar, sente medo do próprio Deus. Muitos jovens sentem medo de evangelizar porque o demônio os calou pelo pecado do adultério, da masturbação, das divisões, do ciúme, da inveja, do orgulho, da vaidade... São verdadeiros tanques parados no meio do caminho, impedindo que outros passem. Santo Agostinho diz que o demônio não influencia nem seduz ninguém senão encontra terreno propício. Quando o homem ambiciona uma coisa, sua concupiscência legitima as sugestões do demônio. Quando um homem teme algo, o medo abre uma brecha em sua alma pela qual se infiltram suas insinuações. Por essas duas portas – a concupiscência e o medo – o demônio de apodera do homem. O pecado abafa em nós a maior força que nos conduz para alto-mar: o poder do Espírito Santo. Este é o grande equipamento para se pescarem peixes grandes e pequenos, de todas as qualidades. Nada pode substituí-lo. A ousadia é fruto do Espírito,o medo é fruto do pecado. “Para que as obras sejam grandes é preciso ter altos pensamentos” (Santa Teresa). Para que a pescaria seja grande, é preciso navegar em grandes oceanos. Resumido e adaptado por Edilma Santos, do livro “O músico e a Arte de servir a Deus” Pontos para reflexão: 1. Continuamos navegando nos mesmos mares e com as mesmas redes? Que resultados temos alcançado? Quem continua a usar os mesmos métodos continuará com os mesmos resultados. 2. Temos medo do novo? Eis que o Espírito Santo faz novas todas as coisas. Estamos abertos à sua ação em nós? 3. Depositamos nossa confiança em Deus ou em nós mesmos? Ou até em outras pessoas ou coisas? 4. Se os santos com toda a sua humanidade, medos, conseguiram ousar em Jesus, por que nós também não podemos enfrentar nossos medos e pescar em alto-mar? 5. “O melhor vendedor que existe é aquele que tem convicção da qualidade e eficiência de seu produto. Sua convicção é tamanha que leva as pessoas a aderir e a acreditar na qualidade e eficiência do produto. Dessa forma, vendem a mercadoria. Não estamos chamando Cristo de mercadoria, mas é Ele quem anunciamos e propagamos. E se não conseguimos dar de graça para as pessoas a maior e melhor mercadoria do mundo, é porque não temos convicção do nosso “produto”.” Apenas quem experimentou tem convicção para anunciar. Será que estamos nos permitindo experimentar o amor de Deus, manifestado em Jesus? Como estão os nossos passos de intimidade com Deus? Estamos sendo fiéis aos encontros no DJC, à Santa Missa, MOPD (Meditação Orante da Palavra de Deus)? Ou estamos apenas falando de caminhada e não estamos procurando dar passos concretos para, como Zaqueu, conhecermos Jesus? E, depois, anuncia-lo com toda a convicção? 6. Segundo o texto, uma das causas para o nosso medo é a falta de santidade, a presença do vírus do pecado. Estamos nos esforçando dia a dia para sermos mais santos? Para vivermos de acordo com o chamado que o Bom Deus nos fez? 20:30h – Oração Em sintonia com o que foi meditado na Palavra de Deus e refletido na formação. 20: 45h – Caminhada Discipular • 15/12/2013 – Discipulado de Jesus Cristo, na Mucunã. Encontro para todos os discípulos de Jesus e convidados. Início às 08:00h e encerramento às 15:00h com a Santa Missa. • 28/12/2013 – Encontro aberto. SEGUE ROTEIRO E ORIENTAÇÕES ABAIXO: Tema: Sou guerreiro e não desisto, sou do exército de Cristo. Observação: providenciar pipocas, salgados, refrigerantes. Aproveitar o momento também para ser a confraternização do Discipulado de Jovens da Extensão e criar uma lembrancinha para quem participar do encontro .... 17:00h – Louvor/Oração 17:30h – Filme: Para salvar uma vida Baixar no You tube: http://www.youtube.com/watch?v=iygN8wtQbS4 19:30h – Reflexão sobre o filme - seguir as perguntas abaixo: I. Deus conta com você para salvar vidas. Você está disposto (a) a cumprir esta missão? II. No DJC, Deus te chama a ser discípulo (vocação) e te confia uma missão (fazer discípulos). De teu SIM depende a salvação de tantas outras vidas. Se você não se decidir por Ele, muitas vidas serão lançadas fora. É sua responsabilidade, entende isso? III. O que você precisa fazer para ser discípulo e formar outros discípulos, ou seja, que atitudes precisas ter para salvar vidas? IV. “Quem perde a sua vida por mim, a encontrará”. Você está disposto (a) a entregar a sua vida a Jesus Cristo e, com Ele, ofertá-la a toda a humanidade? Você consegue compreender que dessa atitude depende a sua vida e a de outros? V. Você consegue perceber que você pode fazer a diferença na vida de alguém? Você já pensou em se comprometer verdadeiramente com o projeto de Deus para sua vida e a de outros? Já pensou em ser, de fato, um guerreiro de Cristo? VI. Atividade prática: poste no face o seu comentário sobre o encontro de hoje respondendo, a partir das reflexões, a seguinte pergunta: o que Deus espera de mim? E como vou fazer para realizar a vontade dEle? Sou um guerreiro de Cristo? 20:00h – oração em sintonia com a reflexão 20:10h – Avisos (convites para Siloé, Discipulado de Jesus Cristo – terceiro domingo, Discipulado de Jovens – Encontro Aberto) xxx 21:00h – Avisos e despedidas Observação: Discipuladores das Fraternidades de Jovens e Articulador podem aproveitar este dia para efetivar o acompanhamento personalizado. Graça e Paz! Edilma Santos Conselheira Local do Discipulado de Jovens